Paradesporto e Lazer Inclusivo da Smel oferta aulas de natação para PcDs e surdos.

Ação atende 43 alunos semanalmente em duas academias parceiras do Município

 

 

O projeto de natação paralímpica, que faz parte do programa Paradesporto e Lazer Inclusivo da Secretaria Municipal do Esporte e Lazer (Smel), oferta atividades às pessoas com deficiência (PcDs) e surdas de Caxias do Sul, desde 2019. São quatro turmas, com 43 alunos no total, atendidos periodicamente, nas academias parceiras Bio Center e Raiar. As aulas são totalmente gratuitas e supervisionadas por quatro profissionais da secretaria.

 

Professora do projeto de natação, Daniela Hollweg Gonzalez, frisa que a atividade física de um modo geral, é benéfica para todas as pessoas. Mas, para as pessoas com deficiência, se vê benefícios cada vez maiores. “Esse projeto de natação paralímpica supre uma necessidade grande da cidade. Porque o acesso às piscinas hoje em dia, tem se tornado difícil. Nadar se tornou uma modalidade cara. E a Prefeitura possibilitar essa prática, eu vejo como um ponto muito benéfico. Além de aprender a nadar, os alunos podem criar metas, sonhar… o esporte ensina isso. E na natação não é diferente”, comenta.

 

Coordenador do Paradesporto e Lazer Inclusivo da Smel, de 2014 a 2016 e atualmente, desde 2020, Tiago Frank, destaca que o interesse pelo Paradesporto é crescente. “Percebo um potencial de desenvolvimento na cidade. Acredito que em breve, Caxias do Sul terá nomes de atletas entre os convocados para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Alguns desafios fazem parte do dia a dia, mas estamos visando o programa pensando na sua sustentabilidade e desenvolvimento a médio e longo prazo”, afirma.

 

Tião Abreu, 46 anos, aluno do programa há dois anos, tem uma das pernas amputadas, e participa das aulas regularmente, duas vezes por semana. Tião, que já participou de três competições através do projeto, relata que a natação auxiliou muito na perda de peso. “Eu sou hipertenso também, e meu médico recomendou que eu fizesse alguma atividade física. Então, pratico natação. Gosto muito de praticar o esporte. Gosto dos professores, de conviver com pessoas parecidas comigo, que têm outros tipos de deficiência. É legal porque a gente se identifica”, complementa.

 

Gilberto Amaral Bastian, 37 anos, participou das aulas de natação através do programa da Smel por cerca de um ano, parou e recentemente, retornou. “Voltei há um mês. Minha qualidade de vida mudou muito. Eu tenho amputação e uma lesão medular, e noto que a locomoção do corpo melhorou bastante. A natação pra mim é tudo! Se tivesse aula a semana toda, estaria aqui”, relata.

 

A aluna Andrieli Lahn da Silveira, 14 anos, que recentemente participou das Paralimpíadas Escolares em São Paulo, conta que já pratica natação através do Paradesporto da Smel há três anos. Ao longo da trajetória, a paratleta já conquistou seis medalhas em competições dentro e fora do Estado. “Eu me sinto bem aqui. Me sinto livre”, comenta feliz ao descrever o programa.

 

Atuando através de várias ações, inclusive em outros programas da pasta, o Paradesporto e Lazer Inclusivo também oferta outras modalidades, como a bocha paralímpica. Interessados podem entrar em contato com a Smel, através do telefone 3901-1265, das 8h às 17h. Ou visitar a sede da secretaria, situada na Rua José Soares de Oliveira, 2557, Bairro Pio X, das 10h às 16h.

 

Créditos nas fotos

 

 

 

Jornalista

Eunice Ebertz

MTE 19958